Little Lady

Empire State

Descemos na porta do Empire State. Parecia que estava fechado, mas uma porta estava entreaberta e pude ver algumas pessoas ainda lá dentro.

Mesmo depois que descemos do táxi ele continou a segurar a minha mão. Olhei para o alto do prédio e então entramos. Algumas pessoas andavam para lá e para cá, mas não era turistas, eram pessoas que estavam arrumando o lugar. Uma mulher aparece na nossa frente.

_ Vocês não podem entrar aqui! Já fechamos!

Então Ed tira os papéis do bolso e entrega a ela. Ela os analisa e nos leva até um balcão.

_ Senhor Edward e a senhorita...

_ Hanna - digo.

_ Por favor, por aqui. - diz a mulher

Andamos por um corredor até um elevador, ela o chama.

_ O que estamos fazendo aqui? O que foi aquilo que você entregou para ela? - sussurro.

_ Shiii..., é surpresa, não esquece, não posso contar. - ele diz, me dá um beijo na testa.

O elevador então chega e subimos abraçados, a moça a frente. Subimos até o 100º andar, quando ela diz:

_ A partir daqui vocês terão que subir de escada. Sigam o corredor a porta cinza. Somente mais três andares. O que te promotemos está lá senhor Edward. - então o elevador desce.

Subimos as escadas, eu corro um pouco mas logo ele me puxa. Quando faltam poucos degraus ele diz:

_ Feche os olhos e não abra até eu te falar, ok?

_ Hmmm - me viro, tiro suas mãos dos meus olhos, dou um beijo na bochecha e saio correndo. - não.

Ele corre atrás de mim, mas quando ouço a porta fechar estou completamente parada, tanto por causa do frio, que está congelando aqui em cima, como a vista. A cidade parece minúscula daqui, vejo os carros ao longe.

Ele me abraça por trás e diz:

_ Surpresa, dona teimosa.

Ele está quente, ou eu estou congelando, e ele felizmente percebe.

_ Eu sabia que devia ter trago isto. - Ele tira o casaco e coloca-o sobre mim. - É lindo aqui não é?

_ Aqui é perfeito! Como você conseguiu isso? - pergunto, me viro para ele e o abraço.

_ Tinha que trazer você a algum lugar que pudessemos lembrar sempre, claro, com os meninos foi diferente. - ele diz

_ Foi melhor?

_ Não. - ele diz passando a mão no meu cabelo, então levanto a cabeça.

_ Por quê?

_ Porque eu não tinha isto.

Então ele me beija. Não é um beijo normal, é aquele beijo que você pensa ser impossível de existir. Não sei se é de verdade, ou se daqui a alguns segundos vou acordar na sala e ver que tudo era um sonho. Até que ele me abraça, e eu percebo que é verdade.

Ele começa a cantar, a sussurrar partes de musicas.

_ Your love makes me a different man...

_ I want its soul into my body, i want its soul into me - completo.

_ Você conhece a música direitinho...

_ Tem como não saber? - solto-me dos seus braços e seguro a sua mão.

Corro até o parapeito onde sinto que a única coisa que me falta é voar por aí.

_ Você sabe muita coisa, sabe cantar, escrever, fazer surpresas... o que você não sabe ainda? - pergunto.

_ Eu não sei voar. - rimos.

Reparo no canto do terraço, têm uma tenda, com uma fogueira improvisada, algumas almofadas e um violão.

_ Ei, o que é isso? - pergunto

_ Minha outra surpresa, não sabia se daria certo. Eu quero que você faça uma coisa.

_ O quê? Para superar isso só pedindo para o presidente estender uma faixa escrito o seu nome.

_ Não é nada disso, sua boba - ele atrapalha o meu cabelo. - quero que você toque para mim, qualquer coisa.

Ele me leva até as almofadas, pega o violão e me entrega.

_ Veja se este dá...

Passo a mão nele, é lindo, e tem escrito Nigel. Lembro que é dele, o que estava no apartamento.

_ Nigel... nome legal. - então começo a tocar.

Quando termino ele bate palmas.

_ Eu não entendi do que se tratava a música, mas ela é linda do mesmo jeito.

_ Ela é brasileira. Fala sobre uma garota que quer saber o que é o amor e se todo mundo pode senti-lo.

_ É linda. Aposto que quem escreveu também - ele diz passando a mão na minha bochecha.

_ Não diria que sim...

_ Por que? Você a conhece? - ele pergunta

_ Sim, prazer, a dona da música.

Ele ri por um tempo, até perceber que é verdade, então me abraça e me enche de beijos.

_ Você tem uma música?

_ Apenas uma..., surpresa.

Passamos a noite inteira rindo, tentando assar marshmallows e conversando, quando sem querer adormeci no colo dele enquanto ouvia as histórias.

De manha quando acordei estava coberta com o casaco ele, e ele ao meu lado, passando a mão no meu rosto.

_ Bom dia dorminhoca. Eu comprei um café e já liguei para a Katie para avisar que te sequestrei por uma noite mas que logo logo estará em casa.

Eu sento e tomo o café. Percebi que ele já havia tomado o dele, agora ele arrumava um pouco a bagunça que fizemos de noite, as almofadas por todos os cantos, por causa da guerra de almofadas, os cobertores que usamos para construir um castelo.

Ele senta ao meu lado.

_ Dormiu bem?

_ Acho que sim, e você? - pergunto

_ Melhor impossível. Eu tenho uma coisa para fazer com você antes de te devolver sã e salva.

_ Mais uma coisa? Surpresa, aposto.

_ Muito bem! É surpresa, espero que goste, e que não se machuque.

Nós arrumamos as últimas coisas e fomos para onde encontramos a moça na noite anterior. Deixamos as coisas e pegamos mais outro táxi. Descemos no Central Park. Como daqui a alguns dias era inverno estava montada uma pista de patinação bem no parque.

_ Vamos ver se a cantora já foi uma bailarina. - ele segura a minha mãe e me leva até a pista.

Colocamos os patins e fomos para a pista, nos primeiros minutos ele toma três tombos. Andamos de mãos dadas, brincamos de pega-pega como crianças.

_ Acho que está na hora, não está? - ele pergunta.

_ Se você diz que sim. - respondo.

Fomos até o balcão e devolvemos os patins. Andamos de mãos dadas pelo o parque e voltamos, super cansados, a pé para casa. Assim que entramos no prédio avistamos Katie e Harry conversando no banco do hall. Eles riam e brincavam com o cabelo um do outro. Quando finalmente nos viram Harry soltou um longo assivio.

_ Finalmente não? Já estávamos pensando em ligar pra polícia para avisar que dois pombinhos estavam desaparecidos.

_ Seu idiota - digo - Ele ligou para Katie de manhã.

_ Eu não sou idiota. - diz Harry.

_ Ah você é - dissemos todos juntos fazendo com que ele risse.

_ É melhor subirmos, Niall poderá ter comido todo o café da manhã uma hora dessas. - diz Katie.

Pegamos o elevador, os dois a frente falando sobre futebol e eu e Katie, em silêncio, sem saber quem contava tudo. Entramos na casa do Ed e encontramos um resto de uma mesa de café da manhã. Pego um pão e um suco e puxo ela para a janela.

_ O que aconteceu essa noite? - ela pergunta.

_ Nada demais, fomos ao Empire State, cantamos, brincamos, rimos, conversamos, dormimos, e patinamos no gelo.

_ Que fofos! - ela diz, rindo.

Zayn se aproxima de nós e pergunta:

_ Alguma de vocês tem um pente? O dessa casa sumiu! E o meu topete... Ah, vocês sabem. Preciso de um pente! - ele ri

_ Lá em casa tem um, eu pego para você.

Quando atravesso a sala ouço me chamar.

_ Hanna, onde você vai?

_ Em casa buscar um pente para o vaidoso ali. - aponto para o Zayn.

_Eu vou com você. - ele diz

_ Ok então.

Entro em casa e o chamo para entrar, corro no banheiro e pego o pente. Ele fica na sala, olhando o painel de fotos mais uma vez.

_ O que tanto te encanta aí? - pergunto. - Todas as vezes que você vêm olha para aí.

_ Como você era, como as duas eram. Tão, diferentes, é lagal ver o que mudou.

Ele vem na minha direção, me beija e segura a minha cintura. Voltamos para sua casa. Todos estavam sentados no chão jogando algum tipo de jogo. E logo nos juntamos a eles.

_ O que estão jogando?

_ Jogo da verdade. Joga também! - Liam abre um espaço na roda.

_ Agora é a vez do Loius. Conte-nos alguma coisa. - diz o Niall.

_ Eu..., eu sou apaixonado pela Eleanor.

_ Mentira!- todos falam de forma irônica.

_ Conta algo legal. - digo

_ Não, conte-nos você. - ele diz

_ Ok, hm, eu nunca imaginei que teria vocês na minha vida, de verdade. - então abraço o Ed e todos começam a vaiar. O jogo continua, ouvimos os micos, as viagens, os segredos de cada um.